Leone Lattes, médico legista e criminologista italiano, nasceu em 1887 e faleceu em 1954. Durante sua carreira, ele se destacou como um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento da medicina legal no Brasil, onde se mudou em 1910. Suas contribuições para a área incluem a introdução de técnicas modernas de investigação criminal, como a identificação criminal por meio de impressões digitais e a análise de fibras.
Uma de suas contribuições mais significativas foi a utilização da classificação do sangue humano em investigações criminais. Na época, a classificação do sangue era uma técnica pouco conhecida e utilizada, mas Lattes viu o potencial dela para ajudar na identificação de suspeitos e vítimas em casos de crimes violentos. Ele foi o primeiro a utilizar a classificação do sangue humano no Brasil, com base no sistema ABO, desenvolvido por Karl Landsteiner em 1900.
Lattes também desenvolveu um método próprio para a classificação do sangue, chamado de “método Lattes”, que incluía a análise de outros antígenos além dos do sistema ABO. Ele usou essa técnica em vários casos importantes, incluindo o assassinato do advogado e político Raul Soares, em que conseguiu identificar o suspeito através da análise de sangue encontrado no local do crime.
Além disso, Lattes também treinou outros profissionais na utilização da classificação do sangue humano em investigações criminais, o que ajudou a disseminar essa técnica no país. Hoje em dia, a classificação do sangue humano é amplamente utilizada em investigações criminais em todo o mundo, e é considerada uma das principais formas de identificação criminal.
Em resumo, Leone Lattes foi um importante figura na história da medicina legal no Brasil, e sua contribuição para a utilização da classificação do sangue humano em investigações criminais é considerada uma das mais significativas da área. Suas pesquisas e trabalhos ajudaram a desenvolver a investigação criminal no Brasil, e ainda hoje, é usado como base para as investigações criminais no país.